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A MENTE DA "TANGO Y NADA MÁS"

Durante muitos anos, o Tango enquanto música cresceu e evoluiu exponencialmente. Para que o conseguisse acompanhar, a dança teve necessariamente de evoluir também.

No entanto, numa fase inicial, a evolução da dança seguiu um caminho diferente, um caminho de intuição e não tanto de investigação profissional ou artística. Era liderada por pessoas comuns, bailarinos amadores e apaixonados pelo Tango e não por profissionais, como eram os músicos nesses anos que procuravam incessantemente novas fronteiras para sua música.

A maioria das pessoas aprendia a dançar simplesmente fazendo-o. É verdade que muitos tinham “maestros”… mas ninguém ensinava realmente! “Ensinar” era mostrar, desafiar e inspirar cada “aluno” a descobrir o seu próprio caminho, a criar algo por si próprio. Não se passavam muitos detalhes pois, verdade seja dita, nem os próprios professores tinham ainda refletido em profundidade acerca da sua própria dança. O que faziam? Como o faziam? Como comunicavam com o par? Como seguiam a música? Nada disto era claro de um ponto de vista racional, antes gravitando tudo no campo da intuição. Assim, numa aula, um “maestro” limitava-se a mostrar um movimento ou sequência e os alunos teriam de fazer o seu melhor com aquilo que conseguissem captar.

Nas duas últimas décadas, mais pessoas começaram a dedicar as suas vidas exclusivamente ao Tango e algumas delas dedicaram-se a analisar a dança em profundidade: a sua estrutura, a sua genética, a sua base. Como resultado, o entendimento do Tango-dança chegou a níveis que ninguém imaginou possíveis e a dança propriamente dita evoluiu como nunca antes tinha evoluído. Não se perderam as raízes, o passado ainda estava presente, mas a revolução teve lugar e a dança cresceu e modificou-se para sempre.

A dança evoluiu como tudo deve evoluir. Progressivamente os “tangueros” começaram a dançar com maior consciência, com uma maior compreensão do movimento, assim como com um entendimento mais profundo da música e da a relação/comunicação entre o par.

 

Mas a evolução não se baseou apenas em encontrar novos movimentos, novas “sequências”, novos “passos” ou possibilidades. Foi também, e sobretudo, acerca do desenvolvimento de um nova forma, mais orgânica e fluida, de bailar as mesmas figuras, as mesmas estruturas de sempre. A maioria dos movimentos que hoje se veem nas pistas de dança são, na realidade, antigos, mas a forma como são entendidos, a forma como são hoje executados está longe de ser a mesma. Com efeito, até o bailarino mais “tradicional” tem, nos dias de hoje, incorporado na sua dança todo o conhecimento, todo o resultado, todo o aproveitamento desta investigação mais recente de que vimos de mencionar.

E é por isso que tentar aprender a dançar Tango atualmente ignorando toda a investigação dos últimos 20 a 30 anos, todo o conhecimento adquirido nas últimas décadas, é como tentar voltar à lua com a mesma tecnologia e conhecimento que levaram Neil Armstrong, Edwin Aldrin e Michael Collins a pisá-la pela primeira vez em 1969. É possível, mas, simplesmente, não faria qualquer sentido.

Na TANGO Y NADA MÁS dedicamos-nos há mais de 20 anos ao profundo entendimento do Tango nos seus diferentes aspectos: a evolução da música, a estrutura da dança, a comunicação entre o par, os ambientes sociais, etc.

Aprendemos com os melhores e estudámos, analisámos e amadurecemos de forma incansável toda a informação que reunimos. Ensinamos Tango há mais de 15 anos, sempre explorando novos métodos, desenvolvendo antigos, testando novas ideias e melhorando metodologias.

Hoje, usamos todo esse conhecimento para providenciar aos nossos alunos regulares e visitantes pontuais um sistema de aprendizagem integrado. E fazemo-lo através de uma metodologia consistente e comprovada, na qual o movimento é analisado ao mais profundo detalhe para que a dança seja o mais orgânica e isenta de esforço possível; na qual a paixão e entendimento da música são passadas com atenção, amor e cuidado; na qual o respeito e a verdadeira comunicação entre um par são constantemente fomentadas; e na qual a consciência social e o entendimento das “regras” e costumes do Tango ocupam um lugar central.

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